Neste vídeo, iremos introduzir um fractal matemático conhecido, por vezes, como o fractal "snowflake" e a seguir iremos calcular a sua dimensão Portanto, o fractal "snowflake" como muitos outros fractais, são construídos através de um processo iterativo Vamos começar com um único ponto. E em cada passo, vou agarrar na forma que tenho fazer 4 cópias dela e colocá-las nos cantos. Então, aqui está a fase inicial E depois, na próxima fase Vou fazer 4 cópias do ponto original e colocá-las aqui 1, 2, 3, 4 Ok, este é o primeiro passo. Agora vou iterar este passo. No próximo passo vou agarrar nesta forma, em todos os cinco pontos Fazer 4 cópias e colocá-las aqui 1, 2, 3, 4 Então, vamos fazer isso. Aqui está a primeira cópia. Aqui a cópia 2, cópia 3 e a cópia 4 E portanto, na próxima fase, no próximo passo eu ia agarrar nesta forma existem, vamos ver... 25 pontos aqui E ia fazer 4 cópias e colocar uma aqui, outra aqui, uma aqui em baixo e outra aqui em baixo E continuava a fazer isso, continuava a fazer isso... E íamos obter um fractal. Se continuarmos este processo por mais alguns passos O resultado será uma forma que se parece com isto. E podemos ver que isto é um fractal. É um objeto autossimilar. É esta cruz em forma de x, que é feita de a partir de outra cruzes x que são feitas a partir de x, que são feitas a partir de x e por aí adiante Assim podemos ver que esta mesma forma em x ou cruz, aparece uma e outra vez em escalas diferentes, por isso é um fractal A propósito, devo dizer que, apesar de eu me referir a este fractal como "snowflake" (floco de neve) Apenas se parece um bocado com um floco de neve. Porque os flocos de neve têm 6 pontas, não 4. Mas de qualquer maneira lembra-me um floco de neve, por isso é que eu o chamo de "snowflake". Penso que não existe um nome cem por cento padrão Mas, de qualquer forma, queremos saber a dimensão disto E faremos como fizemos para o exemplo do triângulo e outros antes desse Olhar para cópias pequenas e para a cópia maior e por aí Portanto, para fazer isso iremos usar, mais uma vez, a equação da dimensão O número de cópias pequenas num objeto, É o fator de ampliação ou fator de alongamento elevado à potência D, onde D é a dimensão E aqui está outra maneira de vermos o processo de criação deste fractal. Começamos no passo 0 com um único quadrado, eu desenhei-o como um ponto, originalmente. E depois vamos para aqui e depois este é o passo 2 e este o passo 3. Então vamos ver, número de cópias pequenas vamos ver esta figura Número de cópias pequenas, eu vejo 1, 2, 3, 4, 5 Logo, o número de cópias pequenas é 5. Qual é o fator de alongamento ou ampliação? Bem, vimos que era 3. E portanto para vermos isso, imaginemos esta forma, quanto é a temos de esticar para ficar deste tamanho? Bem, podemos ver que este comprimento é constituído por 1, 2, 3 destes. Portanto, o fator de alongamento é 3. Este é um terço do comprimento deste grande. Assim, o fator de magnificação é 3. E isso é elevado a D. Agora a questão é: Qual é a dimensão D? Vamos ver, poderá a dimensão ser 1? Vamos tentar, vou substituir, 3 elevado a 1 é 3. Não é 5. Poderá a dimensão ser 2? Vamos ver, substituindo, 3 ao quadrado é 3 vezes 3 que é 9. É demasiado grande. Portanto, este objeto não tem dimensão 1 mas também não tem dimensão 2. Acontece que a dimensão está entre 1 e 2. E então, de modo a resolver equação em ordem a D, lembremo-nos que D é a dimensão que queremos calcular Vamos ter que usar logaritmos. Sim, logaritmos. Portanto, talvez seja uma boa altura para vos lembrar que existe uma secção opcional nesta unidade que revê exponenciais e logaritmos Não há muita álgebra neste curso mas exponenciais e logaritmos vão aparecer muito E já podem ver porquê A dimensão, esta importante maneira de caracterizar fractais, é como vimos, um expoente. Logo vamos precisar de perceber de expoentes e logaritmos são usados para resolver equações Quando a variável a calcular está em cima como expoente Portanto, os expoentes e logaritmos vão andar de um lado para o outro Por isso, é preciso ser algo rápido com propriedades básicas de exponenciais e logaritmos. Não é nada demais. E eu revejo isso nessa secção opcional. Assim, se tiver dúvidas acerca de logaritmos, ou o que se seguir não fizer sentido É só ver a secção opcional e correrá tudo bem. Também pode pedir ajuda no fórum, a qualquer momento Se tiver alguma dúvida, Ok, de volta ao fractal. Esta é a situação, temos esta equação 5 igual a 3 elevado a D, e queremos resolver em ordem a D. Para tal, vamos fazer o logaritmo de ambos os lados da equação Portanto log(5) é igual a log(3^D) Assim, pela propriedade logarítmica dos expoentes log(3^D) é igual a Dlog(3) Portanto, log(5) é igual a Dlog(3) E agora, o última passo é resolver em ordem a D. Para isso, basta dividir ambos os lados da equação por log(3) e o resultado dá isto. log(5) a dividir log(3) é igual a D. Portanto, é essa a minha resposta. Isto é uma expressão exata para a dimensão D. E podemos calcular o valor usando uma calculadora. Vamos ver, tenho log(5) a dividir por log(3) Ora aqui está a minha fiel calculadora. E vou fazer logaritmo de 5 a dividir por logaritmo de 3 E vou obter aproximadamente 1.465 Logo, isto diz-me que D é aproximadamente 1.465 Portanto, descobrimos que a dimensão desta forma não é um inteiro. É um número entre 1 e 2 O que é um bocado estranho. Não estamos habituados a dimensões não inteiras. E vamos falar bastante disto mais à frente nesta unidade e ao longo do curso, sobre qual o significado disto. Mas por agora, vamos avançar e continuar a trabalhar com a equação base para a dimensão de autossimilaridade. No próximo vídeo, vou mostrar outro exemplo de como calcular a dimensão de autossimilaridade D de um fractal. E depois disso, vamos poder praticar isto em alguns quizzes.